quarta-feira, 29 de abril de 2020

As Fanecas da minha vida

Momentos antes de nascer, a minha mãe pressentiu-o e telefonou à irmã mais nova a dizer que a hora chegara. Estaria ela, então, a cozinhar o jantar. Conta a minha tia que a irmã já não acabou de fazer a comida. E conta-me isto todos os anos na altura do meu aniversário. Conta com retoques pormenorizados, ou não fosse ela fanática da cozinha. É desta forma que sei exatamente o menu desse jantar: fanecas fritas com arroz de feijão. Havia algumas fanecas já fritas, faltava fritar mais umas quantas, e o arroz estava no lume a cozer. Diz a minha tia que acabou o jantar e subiu de imediato ao quarto da irmã, que entrara em trabalho de parto. Foi hora de chamar a parteira e, imagino, a dança do nascimento começou. Homens de um lado, mulheres a ajudar e, neste caso, a minha irmã seria o leva isto traz aquilo, a minha tia, dentro do quarto, às ordens da parteira que, por sua vez, fazia esforços para que eu nascesse na perfeição. Conta também a tia que só não me viu nascer por pudor, uma vez que virou a cara para o lado na hora H.

A Tia "Faneca"

Ora esta tia era, como já disse, a irmã mais nova da minha mãe, mas muito mais nova, era uma miúda rebelde, e que passava grande parte do tempo lá por casa. É de família comer bem e confraternizar com família e amigos. Deve-se isto ao meu avô paterno, de profissão caixeiro viajante. Em grandes jantaradas, nas quais a minha tia estava sempre presente, o meu avô, o qual nunca conheci, dizia-lhe: come mais, Faneca! Não me apetece, Sr. Magalhães... Anda, come lá, Não cabe! Salta, Faneca, salta, assim a comida vai para baixo. E a Faneca saltava mesmo e comia mais um bocadinho. Sim, a minha tia tinha por apelido Faneca. Talvez pela pele lisa e macia e alva, talvez pelo olhar em torno e perspicaz, talvez por se esgueirar quando fazia asneira, era Faneca que lhe chamava o meu avô. Muitos anos mais tarde, a Faneca viria a assistir ao nascimento da sobrinha.

Passeio de carro dos meus pais (ainda solteiros)
devidamente acompanhados pela mãe e pelas irmãs da minha mãe
A tia Faneca é a figura de primeiro plano
Fotografia feita pelo meu pai, revelada e ampliada

Durante a minha infância fui muitas vezes com a tia e a família dela para a praia da Aguda. Alugava uma casa de pescador no mês de agosto e fazia o tradicional da época: praia de manhã, banho de mar, descansar, almoço, descansar, lanche e praia de tarde. À noite era habitual os jovens reunirem-se  e darem passeatas junto ao mar, no parque, na estrada que levava a Espinho, enfim, andava-se por ali. Na altura ia connosco também um cão, o Dique. Um belo dia o cão fugiu de casa. Foi uma aflição porque o bicho era muito estimado. Calcorreámos todos os lugares possíveis à procura dele. Depois de muito andarmos, perguntarmos aqui e ali, o cão apareceu. Tinha ido dar uma volta!...
Entretanto cresci e, quando fui senhora de mim, nunca mais fiz praia. Sei nadar, gosto de água, mas detesto estar na areia! Contudo fiquei sempre com um carinho especial por esta tia. E foi a primeira pessoa que conheci que tinha um cão dentro de casa! Na casa dos meus pais isso seria impensável. Tomei-lhe o jeito e, hoje em dia, tenho vários animais em casa, comigo. Os que encontro e não posso ficar, arranjo um dono. 
Há alguns anos atrás apareceu na rua onde moro uma cadela abandonada. Tinha medo de se aproximar de nós e uma paixão pela "Senhora da rampa", uma moradora de um prédio mais à frente. Todos gostavam da cadelinha, tinham pena, mas não queriam ficar com ela. Em todo o caso, houve duas pessoas que tentaram levá-la para casa, mas a bichinha estranhou muito, arranhou portas e teve de ser posta na rua de novo. A Senhora da rampa, de quem a cadela gostava, na altura tinha um monte de gatos e não quis ficar com ela. Comecei a procurar dono e lembrei-me que seria uma ótima companhia para a minha tia, já com alguns anos, e a viver sozinha. Que não, que não queria ficar presa, que era uma preocupação, que morria e a cadela ficava cá, enfim, um sem número de desculpas. Procurei outros donos e não encontrei pessoas que a quisessem adotar. Cheguei a levá-la a casa de uma sobrinha, passou lá a tarde, mas à noite devolveu-a. Depois de ter pegado nela não fui mais capaz de a abandonar na rua, pelo que ficou temporariamente no terraço. Em minha casa, na altura, existiam dois cães e quatro gatos. O meu marido não estava de acordo em a adotar, o que nos levou a ter imensas discussões sobre o tema. Recorri à médica veterinária dos meus animais  e pedi ajuda para encontrar uma casa boa para a pequenita. Mas aconteceu que a cadela ficou doente, com uma possível esgana. Foi medicada e reagiu bem. Depois ficou com o cio, que demorou a passar. A seguir foi castrada... Fui-me habituando à presença dela e a gostar muito de a ter. O meu marido, pelo contrário, nem a queira avistar. Passou o tempo e, um dia, a veterinária telefonou a dizer ter conseguido uma colocação para ela. Fiquei de rastos, chorei e nem consegui responder. Tinha-me afeiçoado à Minhó, assim lhe chamava eu. Até hoje não sei se foi verdade ou uma mentira piedosa, mas passados dois dias a mesma veterinária telefonou a dizer que a senhora que queria adotar a Minhó tinha tido um problema de saúde e não lhe era possível ficar com ela. Escusado será dizer que fiquei radiante. O meu marido, entretanto rendido à evidência da cumplicidade entre mim e a cadela, disse: só fica cá se se chamar Faneca. E assim foi, a Faneca viveu connosco largos anos e, quando tivemos de a adormecer por estar muito doente, foi nos braços de ambos e debaixo de um pranto imenso que a vimos partir.

A Cadela Faneca
De fanecas ainda poderia contar o episódio em que estraguei, literalmente, umas quantas fanecas na frigideira. Mas, por agora, fico-me pelas minhas queridas Fanecas.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Queria

queria ser ave e voar
queria ser ave e pousar
queria ser ave e piar
queria ser livre e berrar
queria ser eu e não me importar



domingo, 26 de abril de 2020

Anoitece em Cantelães


Anoitece
Devagarinho, devagarinho...
Da nossa casa vemos o anoitecer
Devagarinho, devagarinho...
Chega o escuro da noite
Num manto breu que nos cobre.
Iluminam-nos as estrelas
Ao bailar no céu em cadências.
Parecem abraços ternos e efémeros
Que nos aconchegam devagarinho
Devagarinho...


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Até logo!

Até logo, querida Ana!
Até logo foi a última coisa que te escrevi.
Esperava escrever-te muitas mais coisas.
Queria conversar contigo para sempre.
Queria ouvir-te, escutar os teus problemas e as tuas alegrias.
Queria dizer que tinha uma sobrinha muito próxima de mim.
Queria!
Queria ter-te cá, para falar contigo!
Até logo...

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Vejo-te? Não te vejo?

Queria muito ver-te e despedir-me! Mas não sei se me deixam... Estás comigo, ainda, e isso é o que importa! Dou-te um beijo, ainda que te não veja...

domingo, 19 de abril de 2020

O Vestido

Dia triste
dentro da nossa dor
tivemos de ter coragem
para decidir o que vestir na Ana.
Bem, como ela gostava!
Escolhemos o vestido que usou
na festa dos seus cinquenta anos.
Vai linda, linda como sempre!

sábado, 18 de abril de 2020

Adeus, Ana

Ana
1966-2020
Súbito
Precoce
Inesperado
Nem quero acreditar
que não te vou ver,
nem falar, 
nem ouvir...
Talvez um dia
nos reencontremos!

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Uma Casinha com Alpendre


-----Quando vamos para Quintães surge, ao longe, uma casinha com alpendre, mesmo no meio da encosta da serra da Cabreira. Contrasta com o verde que a rodeia: branca nas paredes e laranja no telhado.  Aparece no meio de quase nada... É um sítio recôndito, recatado e inesperado para um abrigo de férias e de fins-de-semana. Trata-se de um pequeno paraíso que encontrámos e, desde então, nos empenhamos em dar vida. Muitas coisas construímos nós. Outras tivemos de mandar fazer, por não termos capacidade para tal. Penso que agora já não seríamos capazes de repetir o feito. 
-----É uma casa muito pequenina, com algum terreno distribuído por leiras. É muito aprazível estar no espaço exterior e apreciar as vistas... Ao longe, no vale, aparece Vieira do Minho. Em redor da casa só há terrenos rurais. Ouvem-se conversas de animais que nos embalam e adormecem; e também nos acordam harmoniosamente. Ouvem-se passos e chocalhos de animais de grande porte, equídeos e bovinos, que passam pela rua. Com sorte, conseguimos vê-los!
-----Gosto de lá estar. Lá, chorei a morte. Lá, ri da vida. Lá, encontrei paz. Lá, descobri o aconchego. Lá, sou feliz, lá, somos felizes!...

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Luís Sepúlveda

Um dos meus autores preferido! Li quase todos os romances que publicou! Estou triste... Assim vão desaparecendo pessoas fantásticas, que mudam a face da terra com a arma da escrita!

Trazida por uma Cegonha

Lembro que, quando te vi, fiquei com a imagem de uma boneca muito pequenina cheia de cabelo negro, muito negro. Foste trazida por uma cegonha e entraste pela janela da casa de banho. Na altura considerei ter sido algo de extraordinário: a janela da casa de banho tinha grades! Mas, na inocência dos meus oito anos, acreditei... Só me deixavam ver-te de longe, sem autorização para te pegar: eras um tesouro, um tesouro muito grande, em oposição ao teu tamanho! Lembro também dos teus olhos, que eram grandes. Foste uma alegria para todos e tinhas a bênção dos avós para fazer tudo o que querias. Tornaste-te num terror para mim! Dormias no meu quarto e choravas durante a maior parte da noite. Tinhas de ser embalada ao colo e, mesmo assim, choravas. Soubemos mais tarde que sofrias de asma, o que acontece até hoje. Também tinhas a mania de querer tudo o que eu comia. Quando me preparava para almoçar ou jantar, desatavas numa berraria a dizer que querias o meu prato. E o facto é que te faziam a vontade: a menina precisava de comer, claro! Puxavas-me o cabelo, apanhado em rabo de cavalo. A solução mais óbvia foi cortarem-mo, para as birras acabarem. Cresceste, casaste, foste mãe e, hoje, somos amigas. A diferença de idades já não se nota. Não imagino não te poder falar... Fica bem depressa, por favor!

terça-feira, 14 de abril de 2020

A Menina da Lágrima


Porta de entrada para um teatro de marionetas
Praga, República Checa, 2005

Tudo, à nossa volta, me parece teatro. Sim, cenas de um drama presente, vivido individualmente. São as máscaras que usamos, as luvas que calçamos, as lágrimas que derramamos, os suspiros que pronunciamos, os medos que receamos, a incerteza de um futuro desconhecido que tememos... Tudo isto nos agoura uma época de dúvidas e de muitas perdas. Perdas humanas, por certo! Inimagináveis! Perdas de liberdade, também! Lutámos tanto por ela! Perdas que nos atingirão sem que nos apercebamos que estamos a perder.  A perda é sem retorno, sem reposição, sem solução. Perdemos, na peça da vida que vivemos!


segunda-feira, 13 de abril de 2020

Molduras


Gerês, Fevereiro de 2003

Esta preciosidade de velharia foi encontrada na zona do Gerês, num inverno muito frio, tanto que nevou. As janelas, em ruínas, com vidros partidos tapados por sacos plásticos, com a madeira apodrecida e empenada, desempenham o seu papel de molduras para o exterior. Fazem parte de uma varanda envidraçada, típica das construções nortenhas. O que me cativou no conjunto foi a estrutura onde encaixam os vidros: retangular na zona inferior e, em contraste, ondulada na zona superior, marcada por arcos contra-curvados e outros. No interior, mesmo por detrás das janelas, existem cortinas, que deixam à imaginação julgar o que lá acontece. Nesta fotografia, à partida desvalorizada por um olhar menos atento e guloso de velharias, tudo me encanta: as cores, os ritmos, os contrastes, a luminosidade, ... Foi um momento de inspiração!


domingo, 12 de abril de 2020

O Ramalhete


um pequeno ramo de flores e folhas 
com um valor especial para mim
trata-se de um conjunto de formas simples
um ramalhete que me foi oferecido
por um grupo de pessoas
que afirmaram um gesto de amizade


sábado, 11 de abril de 2020

O Anjo

Varsóvia, 2005

Numas férias de verão visitámos Varsóvia, que é uma cidade linda da Polónia, grande e cheia pontos de interesse. As lojas de artesanato são muitas e com artigos originais. É o caso desta orquestra, à qual tirei uma fotografia. Vontade de trazer os músicos/anjos todos não me faltou, mas contentei-me com um anjo de coração nas mãos (que não está aqui representado, mas é da mesma família). Está, desde então, pendurado no meu escritório e serve-me de inspiração para muitos momentos da minha vida. É tão simples, tão desprovido de tudo, tão ingénuo, que me enternece... Lá, do alto do seu pouso, olha por e para mim, tenho a certeza!

quinta-feira, 9 de abril de 2020

E agora, Cristina?


Enfrentei estes dias de confinação como uma experiência de pré-reforma. 
Comecei projetos e desenvolvi outros, que me ocupam durante parte do dia. 
Arranjei roupas, estantes, vasos, jardim, ... 
Fiz algumas (poucas) arrumações profundas. 
E agora? 
Vou reinventar outras formas de estar em casa... 
Falta-me alguma coragem... 
Falta-me o ânimo...
Faltam-me amigos ao vivo...
Faltam-me pessoas... 
Faltam-me alunos... 
Até me falta a bata, que ficou pendurada no armário da escola... 
E agora, Cristina?

quarta-feira, 8 de abril de 2020

A Pulseira

......Fulana, com socas de verniz preto, usava uma pulseira de ouro em redor da perna, junto ao tornozelo. Usava-se, estava na moda, pelo que não houve outro remédio senão comprar a dita cuja. Grossa, por sinal, não fosse passar despercebida a um olho mais desatento. O dispositivo transmitia um sinal de modernidade, mas também de riqueza. Sim, porque os outros sítios do corpo, os habituais, também estavam ornamentados com objetos auríferos. Havia que diversificar os espaços de decoração corporal. Balançava a perna, cruzada sobre a outra, deixando o pé descair um pouco da soca. Dava aspeto de pessoa de posses, desprendida, solta nos movimentos e nas palavras... Sempre se preocupou em vestir bem, não necessariamente muito elegante, mas bem, com roupas caras, de marca, e à moda, sim, sempre à moda. Nem que a moda fosse detestável. Mas era a moda, era assim.
------O diálogo passou-se num trio, ela, a Fulana, a Beltrana e a Sicrana. Era o caso de saldar uma dívida de  antecipação de uma mesada. Tratava-se de passar um cheque! Claro que o nível económico de ambas as partes era distinto, de um lado uma pobretana, do outro uma abastada. A Beltrana não tinha onde cair morta, não tinha dinheiro, só o que lhe foi dado pela segurança social e ao qual teve direito. Mas fez questão de agradecer a bondade da Fulana em lhe ter adiantado o dinheiro que precisara para sobreviver. E estava agradecida, e também convencida de que, dada a condição económica da Fulana, lhe seria recusado o cheque do seu livro a estrear. E sonhou o que faria com aquele dinheiro, que bem falta lhe fazia! Castelos no ar, claro, que, ao contrário das claras batidas que vão abatendo com o tempo, o castelo se desfez num ápice. Sim, o cheque era bem vindo, os filhos poderiam, um dia, precisar dele. E assim foi passado o cheque à ordem da Fulana, com todos os escudos a que tinha direito, por serem seus. Sim, seus e da sua família.
------A Sicrana assistiu a tudo quase calada, mas a conjeturar. Às vezes em tom ensurdecedor, de baixo. Era o que habitualmente fazia: falar para dentro de si, porque há muito tempo que percebera que o calado era o melhor, para todos.
------Sobreviveu, a Beltrana. Triste e melancólica, calcorreou trajetos, batendo aqui e acolá. Sem se magoar em demasia, e devagarinho, muito devagarinho, encontrou o seu trilho de vida.

À memória de um dia triste

terça-feira, 7 de abril de 2020

A Frincha


´
Museu do Côa, 2013

Num dia chuvoso, visitámos o Museu do Côa, que nos apresentou uma exposição interativa fantástica. Já tínhamos, em tempos, visitado o parque de gravuras, fabuloso património preservado a muito custo e com esperança que levaria para a região grandes proveitos. Tal não aconteceu, mas ainda assim criaram o museu, espaço arquitetónico muito moderno e acolhedor. O restaurante do museu, também fantástico, proporcionou-nos um lauto almoço, que ainda hoje me lembro do que comi e da grande "barrigada" com que fiquei: fui gulosa, claro! Mas recomendo, é muito bonito, tem uma vista belíssima e os pratos são muito apetitosos. 
O edifício proporciona fotografias com planos ousados, tirando partido das assimetrias, luz/sombra, texturas, brilhos, ... A Frincha é só uma das fotografias que registei!

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Lagartos de Água

dois lagartos de água 
lindos
azuis e verdes
inseparáveis
discretos
assustadiços
na nossa casa
um dia
viveram lá 
137 das Quintães 
tenho saudades



domingo, 5 de abril de 2020

AMIZADE


amizade amiga 
conto contigo
com todos os amigos 
e com todas as amigas
amizade querida
só tu nos podes ajudar
a sair deste momento
presos nos nossos devaneios
amizade verdadeira
eu quero acreditar em ti
no amor dos outros
mesmo que distante de todos




sábado, 4 de abril de 2020

Em tempos de pandemia...

 ... a fila de espera para a compra de pão e docinhos na confeitaria mais antiga de Ermesinde, a Beta!






sexta-feira, 3 de abril de 2020

Teia


Teia tecida finamente, quase invisível. 
Obra de tecedeira incansável que, com "mãos" de mestra, 
cria uma tela.
A obra de arte anima-se com transparências e reflexos, 
algum brilho, espaços que se repetem padronizadamente...
Obra efémera, mercê da mão humana!
Dura o que dura,vive o que vive, serve o que serve!
Obra bonita, esta teia.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Sorri!

No Caminho do Recinto Megalítico dos Almendres, 2014, Évora


Sorri, porque a vida não acabou. 
Tempo haverá em que nos voltaremos a encontrar e ... a sorrir, 
uns para os outros, ao vivo! 
Sorri, porque o sol te desperta todos os dias! 
Sorri, porque as memórias te fazem saudades boas do que viveste!
Sorri, porque tudo acabará... Sorri!


quarta-feira, 1 de abril de 2020

Os sítios do José Saramago que visitámos

A Casa, em Lanzarote
A Fundação José Saramago em Lanzarote, 2011






















 





 A Fundação  José Saramago em Lisboa, Casa dos Bicos, 2014















A Fundação  José Saramago na Azinhaga, 2014



 











Estas fotografias foram tiradas nas datas escritas, aquando das nossas passagens pelos vários pólos da Fundação José Saramago. Os olhos que registaram foram os meus e os do Cândido. As emoções que sentimos em cada espaço foram fortes! Mas sobretudo em Lanzarote, dentro da Casa, a tomar café na cozinha, a fazer festas ao Camões e a sentar na cadeira onde o Saramago apreciava o entardecer, as emoções aí transbordaram em lágrimas. Tenho saudades de esperar por um livro novo... e de o ler com muita vontade de ter outro, para ler pousado na mesinha de cabeceira!