Hoje quero lembrar os meus amigos Mister Bones (macho e à esquerda na fotografia) e Soneca (fêmea). A Sonequinha chegou em dezembro de 2000, oriunda de uma família abandonada e recolhida por funcionários generosos de uma empresa gráfica. Segundo eles, quando a encontraram, a bichinha tinha já terra na boca, tal a enxurrada no boeiro onde todos foram abandonados (mãe e filhos). Chamavam-lhe a "enfezadinha" por ser a mais pequena, magra e envergonhada da ninhada. Em nossa casa cresceu, foi feliz e ... encontrou um amigo para a vida: o Mister Bones. O encontro foi na rua, aquando uma das saídas diárias. O bicho, então abandonado, acompanhava-a na passeata. Fez de tudo para ser adotado. Companheiro assíduo, um dia urinou nas pernas do meu marido. Achamos que ele estaria muito carente. Mas, ainda assim, não entrou em casa. Mais uns tempos, e começou a levantar a patinha direita da frente. Pensamos ter sido atropelado. E nem exitamos, fomos com ele à veterinária. Virou-o do avesso e o cão não tinha nada. Claro que, nesta situação, fui incapaz de o deixar na rua. Entrou na nossa casa com o meu marido a resmungar e eu a chorar. Viveram connosco muitos anos, felizes, companheiros, amigos: um do outro e de cada um de nós. sentimento era mútuo.
Tudo acaba e, um dia, adormeceu o Boninho. Passados uns anos, a Sonequinha deixou-nos. Nestas duas alturas choramos sentidamente os companheiros da nossa viagem pela vida. Foram felizes, e nós também!...
A vida deles daria um filme. As histórias de um de de outra são muitas... e bonitas... e hilariantes... e ternurentas...
Estão sepultados lado a lado, como andaram pela vida, num espaço com plantas e ao ar livre, como sempre gostaram de estar!... e perto de nós!
